quarta-feira, outubro 25, 2006

Conversa com o Analista (Parte II).

(...)
- Porque eu moro em Cuba e meu Pai é o Fidel Castro; dá saúde e alimentação de primeiro mundo, mas não me deixa ir pros Estados Unidos...

Conversa com o Analista.

(...)
- Eu me sinto perdida em meio a tantas vontades e queritudes a ponto de não distinguir entre estas, o que eu verdadeiramente poderia definir como um Desejo... Algo que faça de mim um sujeito e não simples objeto do desejo alheio, depósito de esperanças e das queritudes dos meus pais. Se eu pudesse definir um desejo genuíno como aquele em que me povoa há tanto tempo quanto eu não poderia contar nos dedos, seria minha vontade de sair de casa, sim, é isso.
- Hum!...
- Mas você sabe... Eu sou uma cubana e meu pai é o Fidel Castro, hahahaha... (só eu dou risada).
O riso vai ficando amarelo: hehhehehehe... Errrrrr....
- Pra quem não tinha em mente um desejo, até que este seu está de excelentíssimo tamanho, ou não?
- É... É né???!!! Mas levanto uma nova questão: por quê djabos eu me sinto tão atrevida de pensar isso? Como uma voz repressora que fala pra mim: - que atrevimento!!! - e eu sinto vergonha de mim enquanto grita na minha cabeça o eco: -atrevida, atrevida, atrevida.
- Note que atrevida funciona como um anagrama, se vc trocar as posições do T e do R daí fica assim: Artevida.
(Silêncio) Blá, blá, blá sem importância.
- Ficamos por aqui hoje.

***No meio do caminho: - Viver é um atrevimento que só vale se for Arte. Mas que djabos é a arte????