terça-feira, fevereiro 02, 2010

Lésbica: Confraternalmente

Oi, meu nome é Pérola e hoje me ocorreu a seguinte sentença:
Eu sou lésbica mas, por confraternalidade.
Difícil de entender? Eu explico...
Então, eu sou da Frátria de Lesbos. (rsrsrs)
Até aqui, problema nenhum, verdade???
É, nenhum problema se, não fosse pelo fato de que....
EU GOSTO MESMO É DE HOMEM!!!!
Tão mais fácil seria gostar de mulher...
mas, eu gosto meeeesmo é de Macho. =\
Quanto ao negócio de Lésbica confraternal, vou explicar como cheguei a isso.
Geralmente, mulheres por muito tempo solteiras, ficam desesperadas.
Daí, depois de se investigar a fundo o motivo do desespero, no geral, ele acontece não por falta de sexo, mas por falta de companhia, ou melhor, companheirismo, cumplicidade.
Mulheres, em geral, infelizmente, só conseguem estabelecer parceria com homens.
Acontece que eu, aqui, calejada por 8 anos de solteirice plena (fora os romancinhos, casos e acasos), aprendi a estabelecer esse elo com minhas amigas, com minhas mulheres.
Nestes 8 anos, eu não estabeleci relação nem de perto parecida com homem nenhum, por isso não namorei. Só namoro quando e se isso se estabelece. Em não acontecendo, prefiro ficar solteira e desfrutar dos homens apenas o que eles me podem oferecer pelo simples fato de serem homens e não seres humanos. Parece triste... mas na verdade, é trágico e por isso acaba sendo muito engraçado.
Através de conversas e de milhares de sessões de Quiz que faço com minhas meninas, descobri que o que elas mais sentem falta quando estão solteiras é daqueles telefonemas que sempre rolavam naquela hora pré-determinada; dos sms surpresa com aquelas mensagens breguinhas, que a gente fica molinha só de ouvir o toque de mensagem do celular; de ter alguém pra contar como foi o dia; de ter alguém pra ligar às 2h da madrugada se tiver um sonho ruim ou tiver com insonia. Gostaria de esclarecer, antes das críticas que esta interlocutora também se enquadra nessa lista, podem ficar pasmas! Sim, meninas.... eu também tenho sentimentos e sou sentimental; o que não sou, é sentimentalista!
Mas, compartilho que, pra mim, o pior de estar sem namorado, são os domingos... quando vou ao cinema e não tem ninguém pra pegar na mão... ou quando vou assistir a um filme (principalmente se a tarde for chuvosa) e me pego abraçada ao travesseiro. Eu me sinto tão, mas tão vergonhosamente ridícula!!!! Dou risada de mim... rsrsrs....
Apesar dessas coisinhas, existe uma coisa que, hoje, me veio com a maior clareza do universo: eu estou e sou completamente apaixonada por minhas amigas, por minhas mulheres.
É aqui onde mora o meu Lesbianismo confraternal.
É que comigo, essa coisa do carinho, da atenção, do cuidado, da preocupação, do companheirismo, da parceria, do não me sentir só, tudo isso que a maioria das mulheres só estabelece com homens, eu tenho com elas.
Será que isso é normal??? Parece meio discurso de histérica almodovariana....
Tenho certeza de que, se eu curtisse meeeeesmo Mulheres, no sentido de ter tesão, namoraria alguma de minhas amigas e certamente, seriamos felizes pra caraaaaaaaaaaaaaleo!!!!!
O que infelizmente de fato ocorre, é que meu lesbianismo é só confraternal... não tem nada de pele, nada de quimica. É zero tesão.
Tão mais simples, tão mais fácil!!!!
Ser lésbica pra mim, não seria conflito, seria solução.

terça-feira, novembro 03, 2009

(...)

Um dia, eu me vesti de núvem e fui caminhar com o vento...

quarta-feira, dezembro 10, 2008

Romancinho de Verão.


É verdade, caros amigos e amigas... Romance faz falta. rsrsrs... Olha só, quem diria, eu dizendo algo assim! ;)
Espantei-me com o comentário de um amigo anônimo no post passado. Percebi que não sou compreendida.
Não, eu não quero namorar, não agora, não amanhã e nem na semana que vem e nem no mês que vem. Também não estou dizendo que não quero nunca!
Geeeeente! Namoro não surge do nada, jamais eu me arriscaria num namoro sem conhecer direito como funcionamos eu e a pessoa. Já estou há 5 mil anos sem namorar e jé tendo ficado solteira tanto tempo, não estou disposta a me jogar num relacionamento que venha a ser frustrado. Quero acertar! Dessa vez eu quero acertar sim!
Namoro não é uma coisa que a gente resolve: "Vamos namorar?" ou "Quer namorar comigo?"
Pelamordideeeeeeeeeeeeus, vocês tão no século passado é??? Namoro é o resultado de um processo. Não tive muitos namorados, mas tooooodos os caras com quem me envolvi, não teve isso de pedido. A coisa foi rolando, acontecendo e derrepente alguém percebe que é namoro, rsrsrs... Os que não rolou o namoro, é porque no meio do processo a coisa esfriou, ou por que eu conheci outra pessoa e ele ficou de banda, ou por que ele conheceu alguém e quem ficou de banda fui eu. rsrsrs... Ou simplesmente por que o tesão acabou... É simples, essas coisas são simples, não tem mistério!
O que eu tô querendo agora, é só encontrar uma pessoa legal... com quem eu me divirta, que eu goste... que de vez em quando a gente saia, dê risadas, tome uma juntos. Alguém com quem eu possa conversar e que converse comigo, que não seja só aquele tesão, mas que tenha carinho envolvido e principalmente, consideração e respeito. Não quero amor, não quero paixão.... Quero um amigo colorido, quero um amigo Faber-Castel, hahahaha!!!!


PS1: Sei que estava previsto pr'eu falar das minhas experiencias virtuais, hahahaha... Tenho experienciado bastante... mas fica pra uma próxima, pois hoje me deu de falar sobre isso.

PS2: Vou viajar para Salvador... hehehehe, ótima oportunidade para o meu esperado Romancinho, heim??? rsrsrsrs.... ;)
PS3: Tão engraçado falar de romancinho num post escrito momentos depois dum amigo me perguntar se, porque estava querendo ouvir Roupa Nova, eu hoje tava romantica e aí eu dizer categórica: "muito não", hahahahaha!!!! Mas é verdade... ^^

segunda-feira, novembro 24, 2008

O Homem Moderno, Paquerar Não Sabe...

É... Eu, como uma mulher solteira há centos anos, posso afirmar categoricamente: O Homem Moderno não sabe paquerar. Isso, vocês, machos, não sabem mais paquerar. A modernidade, o feminismo endoidecido de certas mulheres, fizeram vocês desaprenderem a arte da conquista casual: a paquerinha.
Definitivamente, isso se transforma em axioma na minha mente!
Saio à noite com minhas amigas e, pasmem, nenhum homem se chega junto.
Uma mesa cheia de mulheres lindas, cheirosas, interessantes, inteligentes, alegres, sorridentes, ficando altas com cerveja, wiskie, vodcas... Uma mesa cheia dessas mulheres maravilhosas e solteiras, um prato cheio para vocês se deliciarem, se lambusarem e vocês nada, zero, ovo!
Poderia pensar que o problema é só comigo... mas isso acontece com várias amigas que andam queixosas pelo mesmo motivo.
O que será isso? É preguiça? É comodismo? Será que os homens atuais resolveram vingar seus ancestrais, que tanto precisaram correr atras de nós mulheres?
Será que aproveitam esta nossa libertação sexual para se acomodarem e esperar que nós vamos à luta? Vocês querem agora, que nós suemos a camisa sozinhas? Mas que graça tem isso?
Meninos... percebam: o flerte, é um jogo que não se joga sozinho, só se joga em dupla. :)
E nós meninas, ainda somos um pouco inexperientes neste quesito e o limiar entre ser interessante e vulgar é muito tênue pra vocês... rsrsrs. Coisa difícil é agradá-los, viu?!
É, vocês desaprenderam mesmo! Quando inventam de se aproximar, é sempre com um papo bem manjado, uma conversinha mole... Nada de olhares, nada mais daquela tensão sexual típica da paquera. Isso é desestimulante meninos, saibam disso!!! Parem com esse negocio de pegar pelo braço, dar aquela puxadinha no cabelo ou de chegarem do nada para sussurar em nossos ouvidos. Vocês reclamam que nós andamos chatas, que vocês chegam e recebem NÃO categórico. Eu entendo que não, nesses casos, nunca fez bem ao ego, mas... se vocês perdessem alguns minutos estudando o territorio, olhando, paquerando de longe, vocês saberiam se o terreno esta propricio ou não para vocês. Mas vocês não nos olham mais... vocês não flertam mais... vocês querem tudo com pouco trabalho.
É, paquerar dá trabalho mesmo, não é fácinho não, mas, se a gente começar a jogar juntos, vai ser muito mais gostoso... creiam!!!! ;)

***CENAS DO PRÓXIMO CAPÍTULO: a paquera virtual como novo método de conhecer o maior número de pessoas desisteressantes no mais curto espaço de tempo.

terça-feira, outubro 28, 2008

Pai é Pai, Vacuo é Vacuo... (1º Movimento)

Não adianta sair, procurar pelos melhores bares, nas melhores boates, nas melhores casas de show; nem nos melhores restaurantes, deliciando-se, por exemplo, com um delicioso prato de sushi, nem ir a um barzinho descolado e sentar numa mesa rodeada de lindas mulheres, amigas, inteligentes, sorridentes e descoladas que deveriam ser chamariz de machos por exalarem o cheiro bom da solteirice... Não adianta sair e procurar pelos becos lamacentos, pelas ruas fétidas, pelos esgotos, pelos butecos de mau gosto, que servem comida boa para peão comer e lamber os beiços. Não é mais uma questão dos lugares que se frequenta, são todos a mesma mesmice, cheios de homens aparentemente desinteressantes, pois não olham para você, rsrs... Uma vez, se de vez em quando algum se aproxima, já é como quem esta invadindo o território alheio, sem um pedido de licença com o olhar, nem um sorriso, por mais safado que seja, nada. Eles vêm que vêm, chegam chegando e muitas vezes até assustam: nos pegam pelo braço, desatam uma conversinha mole, perguntam nosso nome, onde moramos, se estamos acompanhadas e já sem demora, querem nos invadir a boca com suas linguas muitas vezes nada bem vindas. E então, a nós, não resta outra coisa, se não a esquiva. Claro que se o mancebo for do tipo bonitinho, as vezes a gente até que se faz de mais facinho, ficamos receptivas e nos deixamos levar. Mas nos deixamos levar pra onde? Se daí a pouco, eles inadvertidamente, soltarão a indefectível bomba ninja? Ou usarão o veeeeelho e já manjaaaado truque do desaparecimento de Mandrake? E assim, sem mais e nem menos, irem da mesma forma como chegaram: do vácuo.
É, é isso sim: O HOMEM VEM DO VÁCUO E RETORNA AO VÁCUO.


*CENAS DO PRÓXIMO CAPÍTULO: O Homem Moderno, paquerar não sabe; não sabe paquerar o homem moderno; moderno, o homem não sabe paquerar; paquerar não sabe, o homem moderno.

segunda-feira, maio 28, 2007

Um mundo todo vivo...

O pior de quando se termina uma relação?
É pegar todos os planos e jogar no lixo.
Dá uma sensação horrível de tempo perdido...
O melhor de quando se termina uma relação?
É sentir esta liberdade que a gente pensava que tinha quando estava apaixonado.
Sair no meio da rua de coração aberto é outra coisa.
Já havia desacostumado a isso.
Havia me esquecido de como sou atraente e de como os homens me olham (apesar das paranóias que eu tenho com meu corpo).
Surge a dúvida: eles não me olhavam, pois eu estava fechada? Ou será que me olhavam, como sempre fizeram, mas, desta vez, aberta, eu consigo enxergá-los?
Delícia!!! Olhar e sentir um olhar de volta...
É como se este olhar fosse uma pequena prova de que estou viva, que tenho calor...
Que eu e este mundo estamos conectados e que ele responde às minhas ações.
Tão bom sentir-se livre... Isso nos lembra de sentirmos que estamos realmente vivos e num mundo tão ou mais vivo quanto nós mesmos.
Que esse mundo, por ser vivo, responde a nós dialéticamente através de ações e atitudes, posturas, crenças, ideologias e saberes.
Na mesma medida que eu o percebo, ele me percebe.
Esse mundo todo vivo, ele me percebe também.
Esse mundo ele é vivo pois tem vontade própria, tem livre arbítrio!
As conseqüências de nossas ações só aparecem depois de passar pelo mundo, que também é todo vivo, tem vontade própria e também tem seus caprichos.
E entre olhares, pequenos gestos, discursos sem nexo, lógicas questionáveis, ele funciona hermeticamente aberto a interpretações das mais diversas.
“É que um mundo todo vivo, tem a força de um inferno" e eu quero comê-lo crú!

sábado, maio 26, 2007

Ãh??? Um susto ou um surto?...

Se pelo menos fosse ontem...
Mas eu senti que foi Hoje!
Depois de séculos totalmente out resolvo, depois duma conversa com amiga, voltar a meus delírios aqui neste recinto.
Quando entro, sinto de ímpeto vontade danada de ler o último post.
-Só pra sacar as transformações (eu deliro comigo mesma).
Transformações???
Qual o quê...
Delicio-me danadamente com a sensação de que: não foi ano passado que escrevi isso...
Foi Hoje!!!!
Meu juízo apertou nesse momento: medo...
É como se houvesse ocorrido um lapso no tempo, ou como se eu estivesse nadando contra a corrente sem sair do lugar, eu sei lá eu!!!...
Perdi o fluxo, o trem passou e eu não vi, passei do ponto e desci no mesmo lugar que eu subi.
É como um filme de terror psicológico.
Cinco meses se passaram, eu leio um post do ano PASSADO e penso que isso foi hoje.
Podia ter sido ontem... mas, pasmem: não foi ontem, foi Hoje!
Eu senti que foi Hoje!!!
Ontem não...
Hoje!!!!
Se pelo menos fosse ontem...

sexta-feira, dezembro 22, 2006

PERSPECTIVAS...

Normalmente em fim de ano, é comum postar-se uma retrospectiva sobre o ano que se passou, mas eu não quero, sob hipótese alguma pensar neste ano que se passou.
Trata-se de uma estratégia de defesa, e eu não estou disposta a um duelo egóico.
Não me venham aqueles argumentos do tipo: "mas você precisa refletir sobre o erro pra conceber o acerto". Não, eu não quero pensar no passado, não ainda... Até porque há coisas que quero colocar no passado e ainda estão no presente.
Preciso me reformular, o que preciso mesmo não é refletir, chega!!! O que eu preciso é de perspectivas, traçar um plano e seguí-lo.
Pois é... o que é que uma desilusão amorosa não faz? E quando eu falo desilusão, é desilusão mesmo, daquelas que em seguida à queda, a gente sacode a cabeça e se pergunta: quem sou eu? onde estou? Ainda estou meio tonta, levei uma muito forte bem na cabeça, ainda as vezes me pego pensando o que foi que eu fiz de errado, mas eu já entendi que esse é O erro...
Não fiz nada de errado, eu fiz o melhor que eu pude, eu me entreguei, me doei de tal forma, que agora me vejo assim, acabada, desgastada e fraca, mas capaz ainda de neste ultimo suspiro, recompor forças pra mudar de direção ao menos, ainda que carregada pela inércia.
Sinto orgulho de mim por conseguir pôr um fim numa coisa que pra mim ainda seria o começo, n'algo em que acredito, ainda que descrente; que eu gosto, mesmo fazendo mal.
Meu medo era o de sofrer ao me separar, mas já estamos separados há muito!
Separados, mas ainda ligados de alguma forma, ligados fantasmaticamente, o que nos liga são apenas fantasias e eu fico emputecida de saber de tudo isso e ainda assim ficar triste. Mas ao mesmo tempo fico feliz por já perceber este conflito, é meio passo! Se é ruim estar com ele, e se é ruim estar sem ele, então prefiro sofrer sozinha, em melhores condições de elaborar o luto desta perda.
Sim, é como pensar que ele morreu.
Se vamos ser amigos mais tarde? Não sei... sinceramente, temo que algo em minha auto-estima machucou-se muito, ninguém nunca mexeu assim com essas estruturas, será dificil, mas não impossível, mas não quero refletir sobre isso, quero pensar no futuro, que é justamente o lugar em que ele não esta, que eu não o coloco, dou-me este respeito!
Um brinde aos tempos vindouros!

Atreva-se! - diz a voz do grande Outro - trata-se dum anagrama: artevida x atrevida

E eu vou me atrever a isto... Até pra ser Atrevida, é preciso atrevimento.

ARTE NA VIDA!!!!
ATREVIDA!!!!

sexta-feira, outubro 27, 2006

Terapêutica.

Entra na sala e deita-se no divã.
- Eu já disse que moro em Cuba e o meu Pai é o próprio Fidel Castro???
- Ficamos aqui por hoje.

quarta-feira, outubro 25, 2006

Conversa com o Analista (Parte II).

(...)
- Porque eu moro em Cuba e meu Pai é o Fidel Castro; dá saúde e alimentação de primeiro mundo, mas não me deixa ir pros Estados Unidos...

Conversa com o Analista.

(...)
- Eu me sinto perdida em meio a tantas vontades e queritudes a ponto de não distinguir entre estas, o que eu verdadeiramente poderia definir como um Desejo... Algo que faça de mim um sujeito e não simples objeto do desejo alheio, depósito de esperanças e das queritudes dos meus pais. Se eu pudesse definir um desejo genuíno como aquele em que me povoa há tanto tempo quanto eu não poderia contar nos dedos, seria minha vontade de sair de casa, sim, é isso.
- Hum!...
- Mas você sabe... Eu sou uma cubana e meu pai é o Fidel Castro, hahahaha... (só eu dou risada).
O riso vai ficando amarelo: hehhehehehe... Errrrrr....
- Pra quem não tinha em mente um desejo, até que este seu está de excelentíssimo tamanho, ou não?
- É... É né???!!! Mas levanto uma nova questão: por quê djabos eu me sinto tão atrevida de pensar isso? Como uma voz repressora que fala pra mim: - que atrevimento!!! - e eu sinto vergonha de mim enquanto grita na minha cabeça o eco: -atrevida, atrevida, atrevida.
- Note que atrevida funciona como um anagrama, se vc trocar as posições do T e do R daí fica assim: Artevida.
(Silêncio) Blá, blá, blá sem importância.
- Ficamos por aqui hoje.

***No meio do caminho: - Viver é um atrevimento que só vale se for Arte. Mas que djabos é a arte????

sexta-feira, maio 05, 2006

Liberdade é um Paradoxo

Resolvi não tomar café.
Por hoje, tomarei um chá...
Mas não largo do cigarro.
Há coisas nessa vida que te libertam;
ainda que a elas você mesmo esteja preso, enfim...

Ditadura da Anestesia (Parte II)

Uma amiga acusou-me de sentir demais as coisas...
Ora... pior é não sentir nada!
Pior é, depois de tanta anestesia, acabar sendo indolor por natureza.
Depois de tanto não sentir dor, acaba que os prazeres, perdem o deleite, a vida fica sem tesão.
Eu é que não quero, passar por essa vida sem sentir nada; se é pra sentir, ainda que seja dor, eu sinto, pronto... Já reparei que minhas grandes emoções vêm depois de muito choro, agonia e as melhores noites são aquelas que seguem as anteriores mal dormidas.
Eu choro muito e tenho chorado mais ultimamente.
A última coisa que me fez chorar, foi a possibilidade de perder alguém que eu gosto muito; vinte e seis anos se passaram em minha existência e eu ainda não aprendi muito bem a lidar com a dor da perda.
Semana passada uma amiga foi embora no dia seguinte ao meu aniversário, mas não senti como se a tivesse perdido, perdi dela a companhia, mas aceitei resignada, por saber que ela vai em busca. Em busca de quê eu não sei, mas só a ida já significa muito. Quem vai, segue um caminho e só o fato de seguir por um, já vale um prêmio na concepão de quem se sente como se os pés fincados estivessem, enraizados no chão, sem possibilidade de sair do lugar.
Quanto à pauta de hoje, a da Ditadura da Anestesia, só mais um a adendo:
DEIXA DOEEEEEEER!!!!

quinta-feira, maio 04, 2006

Ditadura da Anestesia

É verdade que eu estou cansada desse pensamento pós-moderno de que a gente precisa ver o lado bom das coisas. Sim, já que isso virou uma loucura, uma espécie de ditadura da anestesia, que põe o bem-estar a cima de tudo, numa negação descabida e desenfreada da dor; resultado: ninguém sente mais nada, ninguém reflete sobre nada, é tudo tão en passant...
Ora... no meio desta sandice toda, sujeitos como eu, reflexivos, contemplativos, são tidos como depressivos, ou anti-sociais, termo que por sinal, anda em voga pelo senso-comum. Centenas de comunidades no orkut, de pessoas exaltando e vangloriando-se de serem doentes; sim pois anti-social, é um tipo de transtorno específico da personalidade, código F60.2 da CID-10 (Classificação Internacional de Doenças).
Eu não sou doente!!!! Porra...
Não, eu não gosto de sentir dor, mas o fato é que, não do tipo de pessoa que foge dos problemas, vou e enfrento até o fim, vou até o meu limite e se está doendo, não vou esconder a dor no escuro do porão como se fosse algo inútil, prefiro trazer luz aos demônios. Foi assim que aprendi quando pequena a lutar contra o que tenho medo: trazendo ao que temo a LUZ.
Conseguir extrair da dor lições para fortalcer o caráter não é fácil mesmo... Tirar sabedoria disso, pior ainda!
E já que eu não estou para ver o lado bom das coisas, vou ficar com o que diz o meu "Horóscopo Maldito", que me foi mostrado ontem por um Amigo e que eu adorei, deveras... Se você também quiser saber o que diz o Maldito sobre o teu próprio signo, divulgarei o site onde ele esta disponibilizado no fim do post.

Touro (21 de abril a 20 de maio) - Você é materialista e trabalha como um condenado. As pessoas pensam que você é um pão-duro, cabeça-dura, mão-de-vaca, estão certas. Além disso, você é um teimoso desgraçado que faz só burrada na vida e continua fazendo, fazendo, fazendo...Você deve estar se perguntando... Por que eu trabalho tanto e só me ferro? A resposta é simples: sua cabeça-dura não deixa você enxergar um palmo além do seu nariz. Por isso que você trabalha como um condenado e nunca consegue subir na vida. Só leva fumo! E graças a sua teimosia idiota, continua levando, levando, levando...

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u59687.shtml

quarta-feira, maio 03, 2006

"De repente, muito mais que de repente..."

De repente, tudo o que eu queria, ficou muito próximo de uma caneca de café bem quente e um cigarro, pr'eu me sentar na janela, admirar o céu, que deve estar estrelado, apesar da chuva e pensar sobre nada, absolutamente nada... só ouvir Nina Simone e cantarolar com ela despreocupadamente, qualquer canção e me embalar...
É, talvez eu esteja quase vislumbrando o que eu chamo de vida simples, seria mais simples ainda se fosse fácil.
Pensando nessa putaria toda, o que me atrapalha deveras, é o fato de que, sinceramente, eu já estou é de saco cheio de muita coisa, sendo que, justamente algumas destas coisas, são imprescindíveis ao meu desenvolvimento humano...
Como disse alguém muito sábio, mas insignificante, já que não sei o nome, "crescer doi" e doi pra cacete!!! E eu estou é compreguiça...

Na cozinha: O café está frio...

segunda-feira, maio 01, 2006

A Gente Enlouquece e Depois Nem Sabe Por quê...

Primeiro é uma desconfiança...
Em seguida uma estranheza...
Depois vem a surpresa...
É então, que vem o susto
E em seguida eu surto.
Testando... testando e testando....