sexta-feira, maio 05, 2006

Ditadura da Anestesia (Parte II)

Uma amiga acusou-me de sentir demais as coisas...
Ora... pior é não sentir nada!
Pior é, depois de tanta anestesia, acabar sendo indolor por natureza.
Depois de tanto não sentir dor, acaba que os prazeres, perdem o deleite, a vida fica sem tesão.
Eu é que não quero, passar por essa vida sem sentir nada; se é pra sentir, ainda que seja dor, eu sinto, pronto... Já reparei que minhas grandes emoções vêm depois de muito choro, agonia e as melhores noites são aquelas que seguem as anteriores mal dormidas.
Eu choro muito e tenho chorado mais ultimamente.
A última coisa que me fez chorar, foi a possibilidade de perder alguém que eu gosto muito; vinte e seis anos se passaram em minha existência e eu ainda não aprendi muito bem a lidar com a dor da perda.
Semana passada uma amiga foi embora no dia seguinte ao meu aniversário, mas não senti como se a tivesse perdido, perdi dela a companhia, mas aceitei resignada, por saber que ela vai em busca. Em busca de quê eu não sei, mas só a ida já significa muito. Quem vai, segue um caminho e só o fato de seguir por um, já vale um prêmio na concepão de quem se sente como se os pés fincados estivessem, enraizados no chão, sem possibilidade de sair do lugar.
Quanto à pauta de hoje, a da Ditadura da Anestesia, só mais um a adendo:
DEIXA DOEEEEEEER!!!!

2 comentários:

Anônimo disse...

cremosaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

Juliana Spindola disse...

Quem disse que a dor não satisfaz um gozo?